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Labirintos de silêncio
Em que labirintos de silêncio
se perdeu a palavra exacta.
Em que rios sem nascente
se banham os dias cansados,
contados do momento impreciso
da subtil mudança,
nos olhos privados
de escamas de prata,
de cristais multicores,
cálices de lágrima impotente,
curvas setas de dúvida,
frágeis pássaros cegos
voando acquém do círculo
das árvores perenes,
das neves eternas,
dos deuses impossíveis.
Em que labirintos de silêncio
se perdeu a palavra exacta
que não falei a tempo.
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Cada poema constitui um mundo a descobrir e cada
descoberta não é mais do que um meio para uma nova
descoberta. Torna-se necessário cada vez mais, um
satisfatório estado de insatisfação.