Poema tolo
Que diz quase nada
De mim mesma
Em poucas palavras
Sim,
Devaneios tolos
Num poema meU
Pra tirar da ilusão
Pra provocar a visão cristalina
Pra Reforçar o eU
A rever o significado das imagens
Arquivadas na memória antiga
Pra expandir a dimensão do cérebro
Não jogar fora as experiências vividas
Revê-las e aprender com elas...
Pra não repetir mais o que já foi tentado
O que não funcionou
O que não aconteceu
O que não deu...
Deixar ir embora, deixar ir embora, deixar ir embora...
Deixar ir embora tudo o mais que atrapalha ficar bem
Deixar ir embora tudo o mais que acorrenta...
Deixar ir embora o que é inútil tentar outra vez.
*Inspirada na composição: Chão de giz, de Zé Ramalho