de música e de poesia33

Às voltas com o desaviso salgado de teus litorais:

teu dia, não posso ter

teu gosto, não posso saber

tuas orelhas não posso espreitar

Sabe-se quando sua benevolência sobe a serra?

Sabe-se quanto tempo minha espera?

Que espie minha anáguas,

que descubra-as amarelas

que alcance o mecanismo de meus joelhos,

que ache-os singelos

e no turvo onde se esconde a silhueta

me encontre oculta,

camuflada e bruxa

como a borboleta da madrugada.

Thai
Enviado por Thai em 07/01/2007
Reeditado em 30/01/2007
Código do texto: T339335