Noite de Trevas

Espalha-se pela alcova aroma funesto,

Cheiro de sangue que a gangrena infestou,

Estou só e meu corpo treme de horror

Pelo odor da carnificina que a meu olfato empresto.

De repente as luzes se apagam e fico na escuridão,

Gato preto emite um ruído que vem do horizonte,

Lobos silvestres uivam sinistros no cume dos montes

E na madrugada tenebrosa mortalhas tentam seduzir meu coração.

De medo macabro a noite se arrepia,

Pálidos fantasmas são trazidos pela ventania

Que do cemitério fugiram pelos galhos dos arvoredos...

Percebo no deserto a astúcia do que se diz capeta,

Que me vampiriza macambúzio os miolos da cabeça

Para que os vermes sejam testemunhas singulares do meu enterro!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 16/12/2011
Código do texto: T3392791
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