Escravo do Capital
Sem sentimentos nem mesmo ÓDIO;
Sem pensamentos nem mesmo amor.
o dia acordou
o despertador soou
os pássaros revoaram
o Sol saiu
a chuva caiu
o vento assobiou
as nuvens passaram
os minutos morreram
a hora chegou
como nada me agradou,
virei para o canto
e tornei a dormir
enquanto
o dia passou
o despertador se calou
os pássaros sossegaram
o Sol brilhou
a chuva parou
o vento deu lugar à calmaria
as nuvens se desfizeram
os minutos chegaram
a hora parou
como eu tinha que trabalhar,
acordei-me aos supetões
e me levantei em um salto
ESCRAVO do CAPITAL
Labutei sonhando com a noite e seu ÓCIO
Me livrando de, do ser, a dor.
L.L. Bcena, 09/09/2000
POEMA 642 – CADERNO: INSTANTES