Meus demônios...
Por anos vivi dias de angústia, infernais
O assovio do açoite tão perto eu escutava
Sentia nas costas a ardida e funda ferida
A dor na pele que me punia e partia
Em meu céu escuro um sol não existia
Corroía em mim qualquer esperança
De ouvir a música do perdão, tão distante
Na escuridão eu a perseguia a todo instante
Sobrevivi fortemente aos maus tratos
Em plena primavera a ira da mágoa senti
Claves agudas penetraram meu corpo
Tantas vezes chorei, gritei por socorro
O inimigo oculto sempre foi presente
Me olhava com desprezo, serrava os dentes
Prazer em massacrar a carne ele tinha
Fui vencida, tomou-me à alma para sempre
Por anos vivi dias de angústia, infernais
O assovio do açoite tão perto eu escutava
Sentia nas costas a ardida e funda ferida
A dor na pele que me punia e partia
Em meu céu escuro um sol não existia
Corroía em mim qualquer esperança
De ouvir a música do perdão, tão distante
Na escuridão eu a perseguia a todo instante
Sobrevivi fortemente aos maus tratos
Em plena primavera a ira da mágoa senti
Claves agudas penetraram meu corpo
Tantas vezes chorei, gritei por socorro
O inimigo oculto sempre foi presente
Me olhava com desprezo, serrava os dentes
Prazer em massacrar a carne ele tinha
Fui vencida, tomou-me à alma para sempre