Soneto do Alerta (I)
O fervor nas Arábias por democracias,
Destronando as mais teimosas ditaduras;
E o clamor geral contra as oligarquias,
Puindo as mais rígidas linhas duras;
O brado altissonante por isonomias,
Trazendo ao mundo o gosto da igualdade;
A afirmação agora da pós-modernidade,
Dando vez e voz às diversas minorias,
Poderão contaminar, perigosamente,
Os períodos que teimam, insistemente,
A não darem bolas às orações que contêm.
Se houver insubordinação aqui também,
Orações pedindo igualdade no Direito,
Nem com as papais escrever-se-á direito.