O que me mata
"O que não mata, fortalece."
Diz o adágio.
A sensibilidade me mata
não a arquetípica da mulher
mas a que me carrega para lá
e me amarra aqui.
A sensibilidade me mata,
mas não a escondo de mim
em álcool, cocaína ou "Somas".
Sinto-a, vivo-a
e deliberamente sofro.
Às vezes por ver o que é
Às vezes por ver demais.
E quando a evito
por não ver.