CANTIGA DA ROCA
Quando cresce no mato a flor,
A primavera semostra no campo.
E nos olhos do meu amor,
Fica a certeza que a quero tanto.
Ai, ai meu bem, sem voce eu não sou ninguém,
Quem não tem o amor de alguém,
Com certeza então nada tem.
No galho de uma velha figueira,
Canta a Juriti em festa lána mata.
Eu mostro que estou na sinfonia,
Pego minha viola e faço serenata.
Quandoa brisa me abate no rosto,
Voa lá no mato o teimoso anul.
Canta no quintal o carijó,
E o sol traz o seu brilho vindo lá do Sul.
Passa lá na estrada a jardineira,
Levando pra vila o povo do Grotão.
Ela some levantando poeira,
e então cai a noite lá no meu sertão.