CANTIGA DA ROCA

Quando cresce no mato a flor,

A primavera semostra no campo.

E nos olhos do meu amor,

Fica a certeza que a quero tanto.

Ai, ai meu bem, sem voce eu não sou ninguém,

Quem não tem o amor de alguém,

Com certeza então nada tem.

No galho de uma velha figueira,

Canta a Juriti em festa lána mata.

Eu mostro que estou na sinfonia,

Pego minha viola e faço serenata.

Quandoa brisa me abate no rosto,

Voa lá no mato o teimoso anul.

Canta no quintal o carijó,

E o sol traz o seu brilho vindo lá do Sul.

Passa lá na estrada a jardineira,

Levando pra vila o povo do Grotão.

Ela some levantando poeira,

e então cai a noite lá no meu sertão.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 15/12/2011
Reeditado em 02/04/2022
Código do texto: T3389985
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