Ponto dos Aflitos
Na boca da mina
No ponto dos Aflitos
No alto da Rua de Santana
A luta pela sobrevivência
E grita...e grita...
aê...
o frango
o capado
a laranja
a jaboticaba
a pinga boa
o queijo fresco
os ovos
de Santa Maria...
Enquanto isso os botecos repletos
de gente de pés inchados
gente que consumida a cachaça
Cachaça que os consumia
No châo marcas de cuspe
No fogão de lenha
um torresmo frio
repleto de moscas.
No meio de todo
aquele barulho
Percebe um grito
Grito de menino
Menino
das minas de Minas
Aê...o pastel gostoso
de Dona Corina...
Aê o doce de leite
de Alexandrina
No fim da tarde
voltavamos para casas
cheios de felicidade
com o bolso alguns trocados
e balaio vazio.