Vermelho roído

No revés severo da redoma azul

Está a ânfora brilhante maçã

Desperta febril a primeira irmã

Atada às lembranças de olvido baú

Decidida a correr o perigo de vidro

(pirata com ar descolorido

peixe, piscando, refletido de luar)

Ele só pra mim

Pirraça de cacos de sol

razão, polvilhado de sal

O dia ria quando passava, tão só

Odiaria ver roído meu vermelho igual

Eu, água viva, hoje tinha tido

Sereno tesouro – nossas noites –

Mas o poste da esquina emudeceu bandido

Rasgando a fibra nervosa ideal

com a foice.

23/06/05

02:44h

Linda Graal
Enviado por Linda Graal em 07/01/2007
Código do texto: T338986
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