Vermelho roído
No revés severo da redoma azul
Está a ânfora brilhante maçã
Desperta febril a primeira irmã
Atada às lembranças de olvido baú
Decidida a correr o perigo de vidro
(pirata com ar descolorido
peixe, piscando, refletido de luar)
Ele só pra mim
Pirraça de cacos de sol
razão, polvilhado de sal
O dia ria quando passava, tão só
Odiaria ver roído meu vermelho igual
Eu, água viva, hoje tinha tido
Sereno tesouro – nossas noites –
Mas o poste da esquina emudeceu bandido
Rasgando a fibra nervosa ideal
com a foice.
23/06/05
02:44h