Para L. L. Saad
Móvel brinquedo a vida
Mal a gente sai das fraldas
E a fraude da ilusão
Nos arranca dos braços do rio...
Flui um som de chorinho, valsas
e o burburinho do armazém
Mas a pequena cidade grande
Quer-nos pais
E agora?
Agora não sei.
Parir na estrada,
Tirar um som do violão
Trocar as fronhas de noites chuvosas
Sei não, estamos debaixo desse céu
De “Magrite” , (nu)vens cheias de idéias...
Que muda o tempo todo...
Agora mesmo você estava aqui comigo
“Plantado bananeiras e comendo pé-de-moleque”,
“Dançando com saias rodadas”
agora, agora colhemos goiabas maduras,
mas olha aqui, carregamos nos bolsos o
açúcar daqueles tempos de fazenda.