INSOLENTES CALÚNIAS
INSOLENTES CALÚNIAS
Nuvens toldam o cume da serra
Açoita o vento no telhado
Murmureja as águas a gotejar
Apagam-se as toscas cadeias
Ciciam as serpentes... perto
O ingrato povo injuria-te
Insolentes calúnias... depravadas
Contra ti... uma venenosa língua
A ti zombam e insultam
Foste ultrajada sem delito
Não te acham digna de piedade
Torno-me um torpe verdugo
Da brasa para o espeto...
Da masmorra ao pelourinho...
Da cruz à espada...
Esperam-te no cadafalso!
(janeiro/2005)