INSOLENTES CALÚNIAS

INSOLENTES CALÚNIAS

Nuvens toldam o cume da serra

Açoita o vento no telhado

Murmureja as águas a gotejar

Apagam-se as toscas cadeias

Ciciam as serpentes... perto

O ingrato povo injuria-te

Insolentes calúnias... depravadas

Contra ti... uma venenosa língua

A ti zombam e insultam

Foste ultrajada sem delito

Não te acham digna de piedade

Torno-me um torpe verdugo

Da brasa para o espeto...

Da masmorra ao pelourinho...

Da cruz à espada...

Esperam-te no cadafalso!

(janeiro/2005)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 14/12/2011
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