ESTRADA
Estrada que passa
levando saudades
deixando tristezas
trazendo alegrias.
Estrada poeirenta
que fere os olhos
olhos que choram
cegos de dor.
Dor e angustia
angustia sofrida
na caminhada,
caminhada errante.
Estrada ardente
de sol constante
queimando os sonhos
queimando esperanças.
Esperanças que morrem
sonhos perdidos
levados pelo vento
como folhas secas.
Vento que sopra
tempo que passa
berço do ontem
é o féretro do amanhã.
São flores de estradas
murchas sem cores
mortalhas certas
para um caminhante
Caminhante errante
que tomba cansado
de tanto caminhar
pra lugar nenhum...
Marcus Catão