E mais uma lágrima caiu
entre sonhos não vividos
entre defectivos caprichos
que o destino à mão feriu
 
a ora inacabado, imaculado
preces em juramentos distantes
todo um amargo desgosto
viver sem sal, inquietude da mente
 
dores eternizadas nas despedidas
sede de canções, sede de amor
existência de uma morte em vida
reverberando luzes de pavor
 
opostos caminhos, desencontros
rastejar dos dias mais lentos
desapegos, desabrigos, tormentos
sanguinários auspícios impuros
 
luares sem brilhos resplandecentes
julgamentos a esmo, inverdades
quimeras embebidas em saudades
ajoelha-se o ser humilde e penitente
 
e mais uma lágrima caiu
entre sonhos não vividos
entre defectivos caprichos
que o destino à mão feriu...




 

 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 13/12/2011
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