Divagação
Me vejo ainda pequeno no interior de Minas Gerais
Numa noite fria de São João ao lado de uma fogueira ardente
Na esperança de que na madrugada de lua clara
Fosse presenciar o rápido deslocar de uma estrela cadente
Naquele instante deixasse um pedido pendente
De encontrar minha estrela guia,mesmo que fosse diferente
Para trilhar comigo os caminhos tortuosos da vida sem jamais reclamar
Mal sabia que esta estrela existia e me esperava reluzente
Hoje no seio do meu lar brilha como um diamante
A estrela central é a mãe e seus filhos,os pingentes
Eu apenas,o guardião desta constelação de gente
Quase choro de alegria ao admirar tanta harmonia e beleza
E que os sonhos se realizam quando acreditam na gente
Vou tocando meu barquinho nesta vida empoeirada
Nunca penso em abandonar o timão
Mesmo que o barco dê uma virada
Carregando sempre no coração
O amor sagrado dos filhos e meiguice da minha amada.