Aposta

Busquei meu futuro em ases de cartomante

Quiromante minhas mãos lançou seu olhar

De azar, jogos fui apostar minha sorte

Nem o dia da morte se deixou revelar

Rolam lágrimas frias de meus olhos soturnos

No escuro caminho junto ao meu talismã

E em sã consciência sigo em frente, indeciso

Sem saber quais perigos surgirão de manhã

Se construo nos versos o meu falso destino

Descortino o caminho para a despedida

E das lidas palavras dessa posta-restante

O que resta é o instante de uma aposta perdida

Que esperar da aurora, tão suspeita, imprecisa?

Que dizer desta vida, rotineira estação?

Coração bate fraco, em compasso de vento

Dos meus pés sinto o tempo escoar pelo chão...

Caio Vitor Lima
Enviado por Caio Vitor Lima em 13/12/2011
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