Ode ao Sertão

Nestas tardes de verão, de sol a pino

onde o tempo se atormenta à claridade

onde o chão resiste inculto e inteiro arde

se equilibra a plantação, vasta de espinhos

O coração do sertanejo chora baixinho

olhos secos, refletindo a imensidade

de um Sertão grande, de valente mocidade

de um Sertão bravo, tão severo e tão sozinho

Das macambiras, açucenas e quadrilhas

do gado magro, chapéu de couro do vaqueiro

panos de chita, do Reisado e do Guerreiro

ergue-se um povo a cantar suas maravilhas

E nas noites de luar o Sertão vibra

estremece nas cordas de um violeiro

cantos de ouro, versos simples e brejeiros

rendem-se às glórias de um Sertão farto de vida!

Caio Vitor Lima
Enviado por Caio Vitor Lima em 13/12/2011
Código do texto: T3386660