Entre agonias e aplausos
A dor que sentia no calcanhar
Parecia ser insignificante.
Continuava esplêndida a dançar.
E eu a observar aquele ser dançante.
Executando movimentos louváveis e ousados.
Fazendo arte na ponta do pé.
Passos curtos e equacionados,
Naquele infindo e célebre balé.
Sempre com sorriso reluzente.
Envolvente como a famosa Odisseia.
Movimentava-se no ar suavemente.
E afigurando-se em uma musa etérea,
Superava dores e agonias, para, finalmente,
Receber os calorosos aplausos da plateia.
12/12/11
*À Camila do Carmo e Silva, minha irmã bailarina