NO VAZIO!...
Corre o tempo tão veloz, sem eu me aperceber
E no vazio, a cada instante, mergulho na solidão
Sou quimera, sou estirpe, sou sangue e sou paixão
De um amor que quero, mas que teima em não me querer.
Sou espaço, sou aventura, sou sol e lua, e prazer
Sou sonho também e na cama, sou serena mansidão
E em cada canto sou uma ave que voa na vastidão
Desse campo sem bagatela para semear ou até colher.
Quisera eu construir meu ninho, para nele me abrigar
E depois em cada gota de orvalho, poder enfim, suspirar
Para preencher esse maldito vazio e ter a própria morada
Pois quando um coração está desprovido de afecto
Nada lhe serve sequer e o melhor é ficar quieto
Porque a vida é tão mesquinha…não vale nada!