NO VAZIO!...

Corre o tempo tão veloz, sem eu me aperceber

E no vazio, a cada instante, mergulho na solidão

Sou quimera, sou estirpe, sou sangue e sou paixão

De um amor que quero, mas que teima em não me querer.

Sou espaço, sou aventura, sou sol e lua, e prazer

Sou sonho também e na cama, sou serena mansidão

E em cada canto sou uma ave que voa na vastidão

Desse campo sem bagatela para semear ou até colher.

Quisera eu construir meu ninho, para nele me abrigar

E depois em cada gota de orvalho, poder enfim, suspirar

Para preencher esse maldito vazio e ter a própria morada

Pois quando um coração está desprovido de afecto

Nada lhe serve sequer e o melhor é ficar quieto

Porque a vida é tão mesquinha…não vale nada!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 12/12/2011
Código do texto: T3384766
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