Aos sessenta, setenta...
                 Aos oitenta anos...
 
A nossa grande gloria foi chegar
Aos sessenta, setenta...
Inesperados oitenta anos...
Hoje somos frágeis
E quase dependentes...
 
Foram-se os músculos
Foram-se os sonhos
Sábios por pouco instantes
Tolos o tempo todo
E por todo tempo que nos restar...
 
Calamos diante dos mais novos
Diante de suas altivezes
Da suas insensatezes
Das suas jovialidades
Externamos a nossa timidez...
 
Fora-se o tempo em que julgávamos
O semelhante, pobre, rico ou ignorante
Far-se-á nossos vinte, trinta quarenta
Facilmente chegamos aos cinqüentas
Ápice, apogeu, topo...
 
Ate chegarmos quase o fim!
 
 
Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 11/12/2011
Reeditado em 06/04/2012
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