Quase tudo tem

Fui o alvo mais certo, entre todos

E quantas vezes

Pelas mãos do pensamento

Fui curando as feridas

Pouco a pouco.

Quantas vezes

O interior do meu ser

Se abstém de tudo.

Sofro,

Sofro calado.

Nenhum ruído é soado

Das cordas vocais na minha garganta.

Tantas sofreguidões

E tão poucas alegrias!

Dias de quermesse,

Missa aos domingos,

Sinos de Igreja

Nos meus ouvidos dormindo!...

Sobrevivo, à duras penas

A todo tipo de sorte que sou fadado.

Não sou dado a ressentimentos.

Quando minha vida transborda de amargura,

Fito o nada

E no pensamento trago o Éden.

Dou cabo a qualquer tipo de loucura...

E a cura?

Quase tudo tem.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 10/12/2011
Código do texto: T3381937