A Face da Morte
Ela vem em seu cavalo alado, no meio da noite.
Ela vem com seu manto negro, cravejado de pedras preciosas e diamantes,
Ela vem com seu canto que mais parece um gemido profundo, um lamento de remorso,
Ela vem e aproxima-se como uma serpente em seu rastejar pomposo,
Ela toca os lábios do destemido e o convida para uma dança que nunca mais se findará,
Uma ópera triste se ouve ao longe, um som de passos e cadências,
Um chamado para o outro lado, uma nova perspectiva?
Ela chega e se acampa na alma dos depressivos, nas cantigas dos angustiados, na essência dos poetas, na visão dos profetas...
Ela afunda barcos, vira lanchas, comprime corações com os próprios punhos e faz de tudo para ter desculpas diversas afim de levar os seres para seu palácio...
Escritos de lápides falam a seu respeito, poemas e artigos também.
Seus cabelos negros e esvoaçantes, expressam beleza mórbida, uma dama no meio da noite. Quem será essa mulher tão linda e ao mesmo tempo tão sombria?
Alguém responde: É A MORTE!