A Face da Morte

Ela vem em seu cavalo alado, no meio da noite.

Ela vem com seu manto negro, cravejado de pedras preciosas e diamantes,

Ela vem com seu canto que mais parece um gemido profundo, um lamento de remorso,

Ela vem e aproxima-se como uma serpente em seu rastejar pomposo,

Ela toca os lábios do destemido e o convida para uma dança que nunca mais se findará,

Uma ópera triste se ouve ao longe, um som de passos e cadências,

Um chamado para o outro lado, uma nova perspectiva?

Ela chega e se acampa na alma dos depressivos, nas cantigas dos angustiados, na essência dos poetas, na visão dos profetas...

Ela afunda barcos, vira lanchas, comprime corações com os próprios punhos e faz de tudo para ter desculpas diversas afim de levar os seres para seu palácio...

Escritos de lápides falam a seu respeito, poemas e artigos também.

Seus cabelos negros e esvoaçantes, expressam beleza mórbida, uma dama no meio da noite. Quem será essa mulher tão linda e ao mesmo tempo tão sombria?

Alguém responde: É A MORTE!

Paoloalmada
Enviado por Paoloalmada em 10/12/2011
Código do texto: T3381867