APOLO 8

A P O L O 8

Venha minha amada!

segure minha mão e olhe para o nosso céu.

Veja, minha amada, os homens vestidos de plástico,

brincando com a nossa Lua de prata.

Ei-los, bordando mais estrelas no manto da noite,

usando fios de nylon e agulhas de cometas.

Ouça, minha amada, o bip-bip de seus corações

transistorizados, pulsando desde galácticos

quilômetros até junto de nós.

Venha, amada minha,

e ajude-me a jogar os olhos para o espaço,

num agradecimento aos homens que buscam

novos sóis para nos aquecer.

Venha ver a cápsula-poesia

versejando órbitas coloridas,

e sinta na pele a carícia florida

da poeira cósmica.

Venha ver o homem buscando sua própria imagem.

Venha ver!

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