MANHÃ DE OUTONO
Demorava a amanhecer
o sol esta entre nuvens,
céu escuro, nuvens carregadas,
uma manhã de outono
quente e abafada.
Havia chovido na madrugada,
a água carregava as folha
— folhas mortas,
mortas como minha alma.
A natureza fazia seu papel,
carregava seus mortos
adubando a terra
para florir a primavera.
Já minha alma,
sem ter quem a carregue,
servirá apenas pra alimentar
o espectro do que sou
no inverno que vivo...
Marcus Catão