Desejos e loucuras
Abraçar você e não lhe sentir
é como ver um manancial num oásis,
em pleno deserto e não saciar a sede,
caminhar na tênue linha,
onde o gume da navalha,
faz a diferença entre a morte e o viver.
Beijar você e não sentir seu gosto
é como perder o paladar do vinho envelhecido,
voltar para o deserto e caminhar a esmo.
Ter a sua indiferença é se ver nesse deserto,
observar à frente, a fonte, protegida por areia movediça.
Ter convicção que minha vida depende da chegada ao outro lado.
De vez em quando, enxergar o manancial,
de quando em vez, só ver o nada que alguns chamam de:
ilusão de ótica e que eu chamo de: -loucura do desejo-