No vazio da estação!

No vazio da estação!

Sinto a saudade

Apertar. Em cada trem

Que chega a estação.

Os meus olhos aflitos.

Procuram, por sobre.

Os passageiros. VOCÊ!

Que não veio no trem.

Brigo comigo mesmo.

Incessantemente,

Dizendo que não vou mais

Esperar-te!

Mais a briga é confusa,

A briga é demorada.

E quando a briga termina

Ta na hora do outro trem chegar

Assim fico por horas perdidas

No vazio da estação

E nessa loucura de espera

Sinto definhar meu coração!

Nilópolis, 07/12/2011.

José Lopes Cabral