AS RIMAS

AS RIMAS

Nada mais que de repente

Me peguei a versejar

E tudo fazer rimar.

Aconteceu num repente,

E depois de começar

Não consigo mais parar.

Papel e lápis na mão,

Sentada em qualquer lugar.

É só um pouco pensar,

As rimas se formarão.

E quando o verso acabar

Eu me ponho a declamar.

Como é gostoso rimar!

Faço sem dificuldade

Sobre coisas de verdade.

Deitada, papo pro ar,

Passeando pela cidade,

Ou com alguma ansiedade.

Tudo é motivo pra rima,

Tanto o prazer como a dor,

Com alegria ou torpor.

Se meu astral tá pra cima,

Logo sinto este pendor

De versejar sem pudor.

Nem tudo eu ponho nos versos,

O que me vem à cabeça,

Para que não me aborreça

Com tais assuntos diversos.

Na vida, o que me aconteça,

Só a mim é que interessa.

Gosto muito de anedotas,

E de caçoada com graça,

De piada sobre trapaça,

Histórias sobre janotas.

Só não gosto é de deboche,

Dos outros, fazer fantoche.

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 07/12/2011
Código do texto: T3376317
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