AS RIMAS
AS RIMAS
Nada mais que de repente
Me peguei a versejar
E tudo fazer rimar.
Aconteceu num repente,
E depois de começar
Não consigo mais parar.
Papel e lápis na mão,
Sentada em qualquer lugar.
É só um pouco pensar,
As rimas se formarão.
E quando o verso acabar
Eu me ponho a declamar.
Como é gostoso rimar!
Faço sem dificuldade
Sobre coisas de verdade.
Deitada, papo pro ar,
Passeando pela cidade,
Ou com alguma ansiedade.
Tudo é motivo pra rima,
Tanto o prazer como a dor,
Com alegria ou torpor.
Se meu astral tá pra cima,
Logo sinto este pendor
De versejar sem pudor.
Nem tudo eu ponho nos versos,
O que me vem à cabeça,
Para que não me aborreça
Com tais assuntos diversos.
Na vida, o que me aconteça,
Só a mim é que interessa.
Gosto muito de anedotas,
E de caçoada com graça,
De piada sobre trapaça,
Histórias sobre janotas.
Só não gosto é de deboche,
Dos outros, fazer fantoche.