JANELAS AMARELAS

Janelas amarelas
É o que penso existir aqui
Donde estou agora.
Janelas amarelas abertas
Numa espécie de convite.
Vem adentra.
Vem tenta.
Vem experimenta.
Então me ponho a pensar
Em todas as janelas amarelas que já perdi.
Pela falta de coragem de pular a janela.
Pelo costume de sempre abrir a porta pra entrar.


Zarondy, Zaymond. Verbos, verbetes, verborragias. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.
 
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 07/12/2011
Reeditado em 17/04/2017
Código do texto: T3375804
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