Enquanto Resiste a Alma
O dia não foi tão assim! Más;
A senhora já sente o que tem naquele semblante enrugado.
Somos assim, o desapego não aprendido tortura, pois não alimenta.
Ao um passar despercebido pelas farpas, mesmo quando já se foi;
Dói, dói sim, dói muito, me senti fraco e vulnerável
Leve, breve e assustador!
O que fizeram com a minha juventude? Assustei-me!
Tornei-me esse velho de vinte poucos anos.
Procurei o mais fácil!
A mera moda da notícia em prosa,
Tornei-me mais fácil para eles
E eles tornaram-me, nem sei o que!
Afunilaram as possibilidades
Desconfiaram do amor e;
Decretaram morte aos sonhos
Destruíram a longevidade da alma
Escureceram o branco e destruíram o amarelo
Tornaram tudo tão simples e escuro
Pois já não avia mais nada a dizer.
Tornaram-me!
Tudo fazia sentido, só para mim!
Mesmo assim ainda conseguia ouvir os gritos da minha alma
Não sabia o quanto os olhos mentem
Ainda não tinha aprendido a confiar na dor, más;
Ainda pressentia os gritos no silêncio.
Ainda avia chances. Uma das faces do lobo ainda não avia morrido;
Mesmo a outra sendo imortal. Confesso que tive medo de mim!
Éramos um só
Ainda existem reciprocidades entre bem e do mal?
E a senhora? Sempre estende a sua mão?
Restou-me ainda um pouco do que é bom, e
Agarrado ao profeta repetirei;
Só sei que nada sei.