ANDORINHA

Quem cortou as asinhas da andorinha

a vagar, mutilada, em meu canteiro?

Ai, ai, ai! Tenta o voo e desalinha,

não vai mais alcançar o abacateiro!

Dá pulinhos, caçando o paradeiro...

Indefesa, no solo se definha...

Era seu o esplendor do céu inteiro...

Que saudade do vento em sua asinha...

Ela não conseguiu fugir, perdida,

do brutal caçador voraz, malino

de estilingue às pedradas; tirania!

Andorinha esvoaçava em minha vida,

mas feriu-se com pedras do destino!

Pobrezinha andorinha da alegria...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 06/12/2011
Código do texto: T3374351
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