Vastos são os avessos do medo que tenho
dessa coragem que mantenho posta à margem
dessa metade conhecida do todo de mim mesmo.

Eu que não sou nem assim tão avesso à vastidão
se me visto por vezes de toda essa imensidão
é para estar no avesso do fim do que não é o começo,
que o preço de querer a vida é talvez perdê-la
ou talvez tê-la pelo avesso...

E eu quase sempre nada começo,
só peço aquilo que me basta,
sem ter por nada qualquer apreço,
o que mereço ou não mereço basta.
Sou eu que sempre esqueço
que mereço o avesso de qualquer começo,
que é nunca ter aquilo que me basta,
E viver somente daquilo que tanto se gasta...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 06/12/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3374036
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