Ainda é Cedo

Ainda é cedo.

Eu lhe disse baixinho ao ouvido:

_Vamos viver este sonho?

E o que ouvi em resposta foi:

_Ainda é cedo para sonhar-mos.

Fugiria contigo se fosse possivel,

Viveria cada segundo os seus sonhos,

Como se fossem os meus,

Sorriria o brilho dos teus olhos,

E a faria adormecer sobre o calor de meus braços.

Mas você sempre diz:

_Ainda é cedo, o sol nem se pos.

Os pássaros ainda cantam os raios do dia,

Porque queres sonhar?.

Vejo o quanto estou enterrando meus risos,

E a minha felicidade, esperando você mudar a frase:

_Ainda é cedo.

Já esta caindo o inverno,

E os pássaros já migraram,

Mas tuas palavras parecem congeladas no tempo,

Estou vendo o brilho dos teus olhos se apagando,

E sempre você dizendo:_ ainda é cedo.

Ainda é cedo, para ser fraco e desistir de sorrir,

Os risos que jamais pude lançar a ti,

Por medo de os perder em vão,

Ainda é cedo para contar as batidas do coração,

Pela sua presença.

Ainda é cedo demais, para admitir que estou morrendo,

Que o amor sangrou demais minha felicidade,

E que como os pássaros eu devo partir,

Ainda é cedo para estar aqui,

Fazendo os mesmos planos que nunca irei realizar.

Ainda é cedo para te amar como te amo,

Para derramar os prantos da minha alma,

Para sofrer por teu silêncio,

E tua morte precoce, por não querer viver.

Ainda é cedo, demais,

Mas tenho que ir,

De encontro aos meus risos, ao brilho dos meus olhos,

Ao encontro de minha felicidade,

Pois aqui seremos duas almas feridas,

Morrendo... por medo de amar.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 05/12/2011
Código do texto: T3373331
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