AMOR SUBLIME

Eu queria estar amado

Nem que fosse um só momento

No brilho do encantamento

Que asserena seu olhar

Quando as vezes no silencio

De uma noite mal dormida

Uma prece enternecida

Os teus lábios vem beijar

Eu queria ser no sono

Que lhe entorpece a razão

A suave inspiração

Do seu anjo tutelar

Pra cismar em teu suspiro

Tal como um pélago de luz

Que sua alma conduz

Ao céu de um doce sonhar

Eu queria ser ainda

Aquela estrela sem véu

Que fulgura neste céu

Qual tremente pirilampo

E nos languidos contornos

De um gemido que lhe escapa

Ser o espelho que retrata

Este amor que é quase santo

Queria ser a volúpia

Que desmaia em suas crenças

Ou ser a eterna presença

De Deus nos anseios teus

Ou quem sabe eu poderia

Corrigir-te a natureza

Com o fogo dessa vileza

Que arde nos beijos meus

Queria e quero ainda

Pousar no seu coração

Pois sou ave de verão

Que vacila sem destino

Não deixe meu doce amado

Que o vento das primaveras

Evapore estas quimeras

Matando esse amor divino!

GILMA LAISA
Enviado por GILMA LAISA em 05/12/2011
Reeditado em 04/02/2014
Código do texto: T3372330
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