EU
Canto as palavras, neste alvorecer
Transpondo todos os meus pensares
Em sincronia dos dissabores
No relampejo deste amanhecer!
Sobre mármore frio descansa meu corpo
E o desejo mais vil me é a morte
Na penumbra de vida, não tenho sorte
Por isso e tantos outros, escopo.
O recôncavo de meu ser, fateixa
Naufragando na imensa depressão
E na falta de compreensão
O ser, lhe resta, deixa!
Ainda suspiro, e por isso tenho sorte
E ainda desbravo o horizonte para que compreendas
Em outros tantos que verdejas
Não me restara outra coisa, senão a morte.