EU

Canto as palavras, neste alvorecer

Transpondo todos os meus pensares

Em sincronia dos dissabores

No relampejo deste amanhecer!

Sobre mármore frio descansa meu corpo

E o desejo mais vil me é a morte

Na penumbra de vida, não tenho sorte

Por isso e tantos outros, escopo.

O recôncavo de meu ser, fateixa

Naufragando na imensa depressão

E na falta de compreensão

O ser, lhe resta, deixa!

Ainda suspiro, e por isso tenho sorte

E ainda desbravo o horizonte para que compreendas

Em outros tantos que verdejas

Não me restara outra coisa, senão a morte.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 04/12/2011
Código do texto: T3372195
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