TARDE DE CHUVA

Cai a chuva mansa. Um convite ao cochilo

Nesse sábado imenso de um final de novembro.

Esqueci a feira... o armazém... esqueci isso... aquilo...

Perdi-me no cochilo? Perdi-me na tarde? Não me lembro!

A chuva fina continua lavando todo o telhado;

Raspando o pó grosso, brincadeira do vento e poeira

Em dias em que o sol de olho grande e esbugalhado.

Deixou o vento fazer toda aquela grande sujeira.

Agora a chuva chegou calma cheia de afazeres.

Molhando as plantas, abastecendo rios, dando vida a vida;

Envolvendo a tarde em abraços e muitos prazeres,

Deixando-me preguiçosa, de mãos postas, agradecida.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 04/12/2011
Reeditado em 04/12/2011
Código do texto: T3372012