A ironia da verdade.
A palavra eleita para a minha poesia
é a verdade, aquela que se esquece
que não é bonita, onde não há preces
solenes, só gemidos e dores renitentes
A verdade que conta os horrores
que a noite esconde pelas vielas
pelas camas vazias de espera
Esquecida pelas poesias
Aquela verdade que não tem donos
que não é absoluta
Que muda e emudece quando se revela
a que é sinônimo de guerra e de fúria
A verdade que se esconde com batom
que no peito muda o compasso (muda o tom!)
que mexe e espezinha com a alma
A verdade que ao nosso bel prazer
Se modifica e pode ser apenas
Uma mentira bem contada...
Cristhina Rangel.
Cristina, Rangel.