A ironia da verdade.

 

A palavra eleita para a minha poesia

é a verdade, aquela que se esquece

que não é bonita, onde não há preces

solenes, só gemidos e dores renitentes

 

A verdade que conta os horrores

que a noite esconde pelas vielas

pelas camas vazias de espera

Esquecida pelas poesias

 

Aquela verdade que não tem donos

que não é absoluta

Que muda e emudece quando se revela

a que é sinônimo de guerra e de fúria

 

A verdade que se esconde com batom

que no peito muda o compasso (muda o tom!)

que mexe e espezinha com a alma

A verdade que ao nosso bel prazer

Se modifica e pode ser apenas

Uma mentira bem contada...

 

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

 

 

 

 

 

Cristina, Rangel.

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/12/2011
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