Poeta morto é boa mercadoria.

Ninguém se importou quando ele se calou

sem dizer tudo o que queria

Ninguém o procurou naquele dia

Nem sentiu a sua ausência no inverno

Mas quando a noticia da sua morte

Ganhou as ruas e, a sua foto virou estampa de jornal

Todos quiseram saber da sua vida

Fizeram fila pra vê-lo de boca fechada e

os seus versos viraram febre de consumo

E como vendem!

Afinal, com palavras cada qual

Faz o que quer; elas não se defendem...

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 04/12/2011
Reeditado em 04/12/2011
Código do texto: T3371626
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