Poeta morto é boa mercadoria.
Ninguém se importou quando ele se calou
sem dizer tudo o que queria
Ninguém o procurou naquele dia
Nem sentiu a sua ausência no inverno
Mas quando a noticia da sua morte
Ganhou as ruas e, a sua foto virou estampa de jornal
Todos quiseram saber da sua vida
Fizeram fila pra vê-lo de boca fechada e
os seus versos viraram febre de consumo
E como vendem!
Afinal, com palavras cada qual
Faz o que quer; elas não se defendem...