Asas
Esther Ribeiro Gomes
Pego a pena e rabisco um poema,
às vezes alegre, quando tenho a alma leve,
às vezes, triste, porque minh’alma chora
e os versos levam minha tristeza embora...
Versejando, as mágoas esqueço,
o poeta tem essa magia, reconheço...
Sinto a paz da brisa matutina
e minh’alma volta a ser menina...
Ao transformar desenganos em poesia,
dou asas à minha fantasia
e alço voo, ao seguir o vento,
que liberta meu pensamento!
Ah, poesia, és minha companhia,
noite e dia, na alegria e na tristeza,
meu coração repousa em tua beleza!
Ao traçar meus versos sinto uma paz divina,
é Deus que me inspira e me ilumina!
Então, dou asas à imaginação,
dedilho o que me dita o coração,
e sinto um perfume de felicidade,
que de mansinho minh’alma invade!