Onde vão os meus versos
Para onde encaminho meus versos
é o que ainda eis de saber
por risos, por choros
por ventos e lágrimas
ainda sem destino a conhecer
Por vales, montanhas,
por lagos e rios
e desertos que tornam incertos meus rumos
e meus pensamentos
tão vastos, distantes
perdidos na busca
da mais rara flor
E que vêem na derrota,
na busca frustrada
a ausência de sentido
de tão longa jornada
e que me fazem voltar mais uma vez, cabisbaixo,
ao lugar comum de todos os não-amados
E, se queres saber
para onde encaminho meus versos
é para o não saber qual a direção
o não saber onde eles vão chegar,
mas sempre saber para onde eles vão voltar.