CAIS

CAIS

Nenhum cais

Será apenas

De partida ou de chegada...

Há em cada regresso

A mágoa de partir

Cada ida

Tem agrilhoada

A saudade de ficar

Quando anuncias que vais

Sobra sempre um beijo

Desconforto

Quando o lenço branco

Se desdobra

E absorto

Se despede ao vento

E em silêncio

Diz adeus ao sentimento

Quem sabe... até nunca mais!

E morrem no esquecimento

Casas à beira do cais...

ressoa
Enviado por ressoa em 13/07/2005
Código do texto: T33691