CAIS
CAIS
Nenhum cais
Será apenas
De partida ou de chegada...
Há em cada regresso
A mágoa de partir
Cada ida
Tem agrilhoada
A saudade de ficar
Quando anuncias que vais
Sobra sempre um beijo
Desconforto
Quando o lenço branco
Se desdobra
E absorto
Se despede ao vento
E em silêncio
Diz adeus ao sentimento
Quem sabe... até nunca mais!
E morrem no esquecimento
Casas à beira do cais...