Vaso Quebrado

Vaso quebrado

Junto os pedaços

Com cola lhe refaço

Já não és tão valorizado?

Suas deformidades eu escondo

Mudo daqui, dali, de lá, de cá

Mas há algo errado

Seu valor incalculável

Ainda és apreciável?

Marcas de queda em ti são aparentes

Não és o mesmo!

Sofre calado, ser abstrato

Com o tempo tem se por esquecido

Mas os traços de cacos evidentes e incuráveis jamais passam

Vida quebrada

Junto os pedaços

Levanto-me, lhe refaço

Seus ferimentos eu escondo

Mudo daqui, dali, de lá, de cá

Mas há algo errado

Como viver sem o passado?

Sofro calada, recomponho-me, refaço-me

Mas as suas cicatrizes evidentes

Das minhas lembranças não passam.

gabriel mello
Enviado por gabriel mello em 02/12/2011
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