Vaso Quebrado
Vaso quebrado
Junto os pedaços
Com cola lhe refaço
Já não és tão valorizado?
Suas deformidades eu escondo
Mudo daqui, dali, de lá, de cá
Mas há algo errado
Seu valor incalculável
Ainda és apreciável?
Marcas de queda em ti são aparentes
Não és o mesmo!
Sofre calado, ser abstrato
Com o tempo tem se por esquecido
Mas os traços de cacos evidentes e incuráveis jamais passam
Vida quebrada
Junto os pedaços
Levanto-me, lhe refaço
Seus ferimentos eu escondo
Mudo daqui, dali, de lá, de cá
Mas há algo errado
Como viver sem o passado?
Sofro calada, recomponho-me, refaço-me
Mas as suas cicatrizes evidentes
Das minhas lembranças não passam.