ÍNDIA
ÍNDIA
Ímpia?
Não nas sandálias que trazia...
Não no corpo nú que a vestia...
Não no bater do coração
Que se sentia...
Ímpio
Será o olhar que a desnuda
A ganância da carne crua
A ignorância perdida
Em cada esquina de rua
Ímpia?
Não no olhar que se escondia
Não na mão que se estendia
Em súplica sofrida
Não na sensatez
Nem na nudez
Das tranças que tecia
Ímpio
Serei eu que não mereço
Desenhar-te...
Índia da trança
Da terra
Dos olhos rasos
Da linha pura
Da virtude...
Ah! Índia
Tivesse eu a tua juventude...