CAMINHO DE VOLTA
Me assustei com a própria sombra
A coruja pousou no meu ombro... Mentira.
A lua se esconde atrás da árvore,
O bêbado com a garrafa,
Dois jovens e uma estrada,
Uma dessas é a contramão
A outra, é a própria sombra
A luz do poste apagada
O reflexo de um farol,
A luz do freio acende
O carro para logo à frente
Uma rua sem saída
Um retorno sem sinal
Um lampião incandescente,
Uma lanterna de longo alcance
O escuro abre espaço
Mas para em frente à porta...
Lá fora é tudo frio
Aqui dentro, é parado
Observo o barulho
E ouço o relógio andando
Nos passos do meu passo,
Volto ao início sem começo
E saio outra vez.
__
Extraído do livro: BUQUÊ SUBULATA, disponível para download na seção e-livros.