O SABOR DA VITÓRIA

O SABOR DA VITÓRIA

Cruzo os caminhos que posso

Seguindo a minha história

Neste chão nosso

Que nem a repetida vitória

Consegue amaciar!

A lua tem luar...

O Sol continua a brilhar...

E, no entanto,

Qual o espanto?

Continuamos a esperar...

A desesperar...

Giro à volta do sabor dos caminhos!

Quantos espinhos

Se espalham na minha revolta?

Volta não volta

Apetece revoltar...

Sei que já posso soltar a língua...

Sei que a liberdade

Parece livre...

Sei que se pode dialogar

Em qualquer tom

Sei que o som das palavras

É um dom...

Sei tanta coisa que ninguém ouve

Ouve-se alguma coisa por aí?

Terá alguém lido

Aquilo que escrevi?

Terá alguém sentido

O que senti?

Quantos espinhos

Giram à volta do meu sabor?

Quantas histórias, meu amor,

Terei ainda que contar...

Ainda nem sei bem

Conjugar o verbo amar...

Posso cruzar todos os caminhos...

Posso alinhavar todas as histórias...

Sei que não gastarei

Todas as memórias

O sabor das vitórias,

Os caminhos cruzados,

São apenas os dados

Com que cruzo a vida...

Até o meu nome rima com carinho...

E à despedida...

O sabor cruzado

Das vitórias do caminho!

ressoa
Enviado por ressoa em 13/07/2005
Código do texto: T33678