O SABOR DA VITÓRIA
O SABOR DA VITÓRIA
Cruzo os caminhos que posso
Seguindo a minha história
Neste chão nosso
Que nem a repetida vitória
Consegue amaciar!
A lua tem luar...
O Sol continua a brilhar...
E, no entanto,
Qual o espanto?
Continuamos a esperar...
A desesperar...
Giro à volta do sabor dos caminhos!
Quantos espinhos
Se espalham na minha revolta?
Volta não volta
Apetece revoltar...
Sei que já posso soltar a língua...
Sei que a liberdade
Parece livre...
Sei que se pode dialogar
Em qualquer tom
Sei que o som das palavras
É um dom...
Sei tanta coisa que ninguém ouve
Ouve-se alguma coisa por aí?
Terá alguém lido
Aquilo que escrevi?
Terá alguém sentido
O que senti?
Quantos espinhos
Giram à volta do meu sabor?
Quantas histórias, meu amor,
Terei ainda que contar...
Ainda nem sei bem
Conjugar o verbo amar...
Posso cruzar todos os caminhos...
Posso alinhavar todas as histórias...
Sei que não gastarei
Todas as memórias
O sabor das vitórias,
Os caminhos cruzados,
São apenas os dados
Com que cruzo a vida...
Até o meu nome rima com carinho...
E à despedida...
O sabor cruzado
Das vitórias do caminho!