O (meu) coração.
Meu coração quer sentir o calor de seus lábios em meus ouvidos
entender certas mentiras em voz doce e um pouco sincera.
Meu coração quer sentir o encanto de sorrir criança na chuva,
pequenino voar em seus segredos pela razão de não existirem.
Quer sentir o prazer de seus olhos e deitar nu, puro,
no seu peito macio e calmo a controlar meus medos.
Provar do gozo dos seus delírios, junto deitar e amar
violetas, canções, fumaça, qualquer besteira a quatro mãos.
Um poema, um comer, um rir-se do tudo/nada e mais.
Minha vida quer rolar sem paradeiro em seu corpo,
cair no abismo de seus sonhos e arrematar a tarde
princípio de nós, noite e fogo nos conchavos do tempo
a brindar sussurros e abraços no fundo das cores.
Enredar um vaso de estrelas na cama acesa
vento de onde sinaliza o bom e o gosto predileto
da dança colada fora do jeans, fora do ontem,
só o agora crispado de essência na pele, saliva.
Na verdade, meu coração quer saber-te de qualquer forma.
Beber-te, comer-te, lambuzar-te, ternurar-te
E dane-se a gramática em constante reforma!
Meio a arte meu coração só tem um propósito: amAR-TE!