O Viajante
Recolheu as pedras em um tempo bom.
Pra poder andar por alí ele apagou as pegadas
que à beira da estrada, intensificava o sujeito.
Sujeito que ainda anda em passos curtos,
sim ... ele não pretende chegar em casa!
Fará disso, sua mais longa aventura.
Voar? Ele não tirará os pés do chão.
Correr ? Ele não terá pressa em seu objetivo.
Seu Objetivo é sustentar todas as preocupações
em um dia extenso , caminhando sem noção de tempo.
As mudanças o atrapalham, ele segue instintos.
Os seus pés o controlam, sua mente entra em um estado
de paz, de calma, de controle. Em um instante
temos um filósofo contando seus contos pra si mesmo,
rindo de qualquer loucura que o atinja.
Não haverá final algum, seu destino é
explorar sentidos, sentidos que farão parte de sua vida.
E ao acordar , na sombra de uma árvore,
ele levantará e caminhará , longe ou perto,
não importará a distância... só irá parar
quando preencher sua alma viajante.