Menor que um grão de areia
Como um corpúsculo diante do sobrenatural
No momento da origem Deus
Sensível. Pouco perceptível.
Ínfimo. Quase incorpóreo
Aleatório, mas, em partículas dependentes
Um resumo lançado naturalmente a qualquer sorte
Com direito a possuir determinada porção de vida
Da terra, o pó da poeira vagante, arremetido
Um grão de areia serpejante no leito de um rio
Deslocando-se tortuoso
Por entre pedras maiores,
Sob itinerantes desvios
Quantas vezes pequeno demais
Para questionar o abstraído
Tão leve, diminuto
Improvisado e dissolvível
Propenso a deixar de existir por iminência
Subliminal.
Enfim, um superficial grânulo minimizado
Que ainda, por breve exposição,
Húmile e com simpleza
Quer apenas enunciar-se em tradução:
“Simplesmente Eu”