INSÔNIA
O mundo dorme em paz na calada da noite
Eu acordado, insone
Apelo voraz me consome
Como um açoite.
Lua nova no céu, escuridão
Silêncio da noite em sono profundo
Em conflito madrugada me confundo
Insensata indecisão.
O mundo descansa na noite fria
Minha alma ainda sem trégua, aflita
Se esconde e se mostra, contrita
Não se resolve, vazia.
Incertezas crueis me dilaceram
Um não querer sem explicação
Indefinido em mim, adiado, sim ou não
Horas e minutos me velam.
Céu sem nuvens, descanso de todos, eu exceção
Noite calma, serena, tempo escuro
Alma efervescente, sono futuro
Estrelas me acompanham na solidão.