Da espera...
à mesa, meus mosaicos
letras modelam
tranças de espera
bordados a fio
sútis vir ou não vir
em um frio que congela...
ártico sopro de velas
reféns do outro, um eu objeto,
olhos vasculhando gestos
angústia a toque de pedras
o tic tac sem reios,
em minhas veias, emperra
apavoram-me os dias
sem teus verbos, sem
tuas, pseudos promessas
fim, exauridas as rezas!
de joelhos, o amor sofre
arrasta-se em apnéia
desfaço os servidos versos
peço ao coração: por ele,
não chore, não espere...